sexta-feira, 13 de novembro de 2015

“Muitas mulheres negras sentem que em suas vidas existe pouco ou nenhum amor. Essa é uma de nossas verdades privadas que raramente é discutida em público. Essa realidade é tão dolorosa que as mulheres negras raramente falam abertamente sobre isso.”

Quatro mulheres lindas e bem-sucedidas confirmam a tese que alguns estudos já abordaram: as negras têm mais dificuldade em engatar romances sérios
O assunto é tão delicado que poucas têm coragem de tocar nele. Falar de desprezo, de se sentir preterida e de solidão abre feridas, joga na cara o preconceito que acompanha as mulheres negras ao longo de sua história. Ademais toda a discriminação que as tornam uma das personagens mais vulneráveis da sociedade — são elas que ganham menos, têm a menor escolaridade e ocupam os postos menos nobres do mercado de trabalho —, a cor da pele as obrigam a traçar um caminho mais longo e dolorido em busca do amor. Mais tortuoso ainda quando o destino almejado é o altar. “As mulheres pretas se casam mais tarde, apresentam maior índice de celibato e demoram mais para terem um relacionamento”.
As estatísticas no Brasil que confirmam a tese do abandono como consequência da raça são raras, mas a discussão é antiga. Professora no Departamento de Ciências Sociais da Universidade Estadual de Londrina e doutoranda na PUC/SP, Maria Nilza da Silva diz que, na década de 1950, alguns teóricos tentavam entender o fenômeno de desvalorização da mulher negra, pouco vista como uma opção para ser esposa e parceira. “Já naquela época, para ser escolhida nesse contexto da conjugabilidade, a mulher negra acaba se relacionando com um homem de classe social mais baixa. Para ser escolhida, ela deveria ter alguma vantagem.”
Motivada pelo tema, Maria Nilza também pesquisou a menor oferta de parceiros disponível. Isso foi nos anos 1990, mas a professora defende que pouca coisa mudou de lá para cá. “A mulher negra continua discriminada em vários segmentos, inclusive no matrimônio. A possibilidade de encontrar um companheiro ou um parceiro é menor para ela”, afirma.
Intrigada pelo fato de as mulheres negras serem mais solitárias do que as brancas, a pedagoga e mestre em ciências sociais Claudete Alves resolveu, durante um ano e meio, mapear 1.127 casais em São Paulo. Desses, apenas 418 eram formados por homem e mulher negros. Uma das explicações para o número tão reduzido de casais de mesma raça estaria no fato de que os negros que ascendem socialmente querem se relacionar com as brancas. Eles buscam na união com outra raça uma forma de reforçar sua situação de suposto status. “O negro quer ter o que o branco tem e isso inclui a mulher branca. Muitos querem filhos com a pele mais clara do que a deles para não sofrerem o preconceito que eles também sofreram”.
A rejeição também parte dos homens brancos. No Brasil, a negra é a minoria nos espaços culturalmente reservados para quem tem pele clara. Isso automaticamente as deixaria em desvantagem em relação às brancas.
Dos 18 casamentos civis que Claudete presenciou ao longo da pesquisa, apenas três uniram pares de negros. Uma dificuldade de encontrar um companheiro de mesma cor foi confirmada por todas as 11 mulheres negras que a pesquisadora ouviu na época. Entre os relatos, muitas contavam que, quando mais jovens, eram procuradas pelos negros apenas para iniciação sexual. Quando engravidavam, eles dificilmente assumiam o filho. Era uma relação de fim anunciado. Confirmação do estereótipo da negra sexual, que carrega até hoje, em muitos casos, uma pesada herança da escravidão, quando elas eram escolhidas para saciar o desejo dos brancos. Para o romance dar certo, eles exigiam moeda de troca. “Elas ainda diziam que, quando conseguiam ficar com negros, tinham que sustentá-los. Em geral, eles eram de escolaridade inferior e mantinham práticas sociais diferenciadas das delas.”
Um preterimento que é observado em todas as classes sociais. Quem confirma são mulheres lindas, bem-sucedidas, da classe média, que cresceram no Plano Piloto. Daniela Luciana, Jaqueline, Denise e Marília são negras. Também sentem o peso histórico que carregam com a cor. Confirmam o preconceito, a dificuldade de encontrarem um par em pé de igualdade com as mulheres brancas. Um problema que não é delas. Vem do outro. “Essas mulheres precisam entender que essa dificuldade é fruto de um problema social e não pessoal. Elas se inferiorizam como se não fossem bonitas ou interessantes”, lamenta Paula Pereira, pesquisadora-colaboradora do Nepem. Daniela Luciana, Jaqueline, Denise e Marília reconhecem que a dificuldade de romper as amarras do racismo não são delas, mas nem por isso enfrentaram sempre com tranquilidade os olhares de preconceitos.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

A revista People elegeu a atriz Lupita Nyong'o como a Mulher Mais Bonita de 2014 hoje, na capa da nova edição. Lupita venceu o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante pelo filme 12 Anos de Escravidão.


Respeitar as opiniões do outro,em qualquer aspecto e situação,é uma das maiores virtudes que um ser humano poder ter. As pessoas são diferentes,agem diferente pensam diferente.



Nunca julgue apenas compreenda!!!
Desde os primórdios, o combate ao racismo só nos é lembrado quando um torcedor joga uma banana em campo. Todavia, não nos é lembrado quando o mundo veste branco no réveillon, tampouco quando usufruímos de expressões como "A coisa vai ficar preta".
O exímio ator Morgan Freeman trouxe à tona a discussão no que se concerne para com o mês da consciência negra. Segundo o mesmo, tal celebração não passa de um ato de extremo ridículo. Afinal, não há mês para a consciência branca ou qualquer outra raça em questão. E mais, o ator relata que a história dos negros não pode ser contada em um mês, bem como não pode ser separada da história da América como um todo.
De fato, só se combate o racismo quando não se retumba no assunto. Se ignorarmos tal e passarmos a não mais separar as pessoas pela cor, e sim, dissociá-las pelo nome com que cada uma possui. A perspectiva é que ele seja dilacerado aos poucos. Eventos como o mês da consciência negra, dia mundial do combate ao racismo, dentre outras imbecilidades. Só tendem a aumentar ainda mais as práticas racistas.
De acordo com o que foi dito até o prezado momento. Nota-se portanto que o maior racista é o seu próprio combatente. O brilhante escritor Saramago dizia que o silêncio é o melhor aplauso. E certamente, o mesmo estava correto. Você lembra das fotos idiotas que inúmeras pessoas tiraram segurando uma banana? Tal ato foi algo que além de não ter acrescentado em absolutamente nada, só propagou ainda mais o tema em pauta.
Morgan Freeman.

Racismo e Preconceito




O racismo e preconceito estão interligados. O racismo é um tipo de preconceito, um preconceito racial ou étnico, ou seja, uma ideia pré-concebida e pejorativa a respeito de uma etnia, uma raça ou um povo em particular.
O preconceito normalmente pode não estar ligado exclusivamente à aparência física de uma pessoa ou povo. O preconceito pode estar ligado a uma escolha ou estilo de vida de uma pessoa (por exemplo, a sua orientação sexual). Pode também haver preconceito relativo à classe social de uma pessoa, ou seja, aversão a pessoas pobres. A xenofobia é também um tipo de preconceito, que indica uma repugnância relativa a pessoas estrangeiras, mesmo que elas sejam da mesma raça ou etnia.
O racismo é a discriminação social que tem por base um conjunto de julgamentos pré-concebidos que avaliam as pessoas de acordo com suas características físicas, em especial a cor da pele. Baseada na preconceituosa idéia de superioridade de certas etnias, tal forma de segregação está impregnada na sociedade brasileira e acontece nas mais diversas situações.
A discriminação racista é considerada crime pela Constituição Federal que apresenta diversas formas de punição para estes casos. Posto que o crime representa o ódio ou aversão a todo um grupo, o racismo é um delito de ordem coletiva, que ataca não somente a vítima, mas todo o ideal de dignidade humana.
O racismo pode estar presente em qualquer tipo de ambiente: no trabalho, na rua ou até mesmo em meio a pessoas próximas. Por isso, torna-se importante salientar que todas as formas de ocorrência do preconceito devem ser notificadas, sejam elas nítidas ou discretas. Além de ser um direito, é dever de todo cidadão denunciar esse tipo de ocorrência. Através da denúncia protege-se não apenas uma vítima, mas todo um grupo que futuramente poderia ser atacado.

Desrespeito e atitudes de repúdio baseadas em fatores étnicos, culturais, religiosos, regionais e de orientação sexual também apresentam caráter discriminatório e devem ser firmemente denunciadas.

Significado de Racismo


O que é Racismo:
Racismo é a convicção sobre a superioridade de determinadas raças, com base em diferentes motivações, em especial as características físicas e outros traços do comportamento humano. É uma opinião não científica sobre uma raça humana que leva a uma tomada de posição depreciativa e, frequentemente, violenta relativamente a uma coletividade.
Apesar de atitudes racistas sempre terem existido na humanidade, muitas vezes como reação de defesa de uma comunidade contra a invasão pacífica de outra diferente dela, o fenômeno do racismo se agudizou na época moderna, especialmente com a política colonialista das potências europeias.
O racismo continua a ser um grave problema em numerosos países, mesmo onde teoricamente não existe, como no caso dos EUA (sobretudo nas zonas do Sul). A crise econômica e a pressão demográfica costumam ser motivo de problemas raciais mais ou menos graves, como sucede na Grã-Bretanha com os imigrantes, em França com os norte-africanos, na Alemanha com os turcos ou em Espanha com a população cigana e os trabalhadores negros ilegais.
O preconceito racial está relacionado com conceitos como homofobia, xenofobia, bullying racista, entre outros muito debatidos na atualidade.
Embora não haja nenhuma comprovação de uma determinada raça ser superior ou inferior a outra, pessoas em todo o mundo foram atingidas por grupos que se consideravam superiores.
Historicamente, o racismo era uma forma de justificar o domínio de determinados povos sobre outros, como se verifica no período de escravidão, colonialismo, e nos genocídios (crimes contra a humanidade) ocorridos ao longo da história.
No século XX, algumas formas de racismo como o Nazismo e o Apartheid marcaram a história.
O racismo como componente básico da política de um país, levou a Alemanha nacional-socialista à perseguição e extermínio de judeus, ciganos, eslavos, etc. A intenção dos nazistas era exterminar os judeus, com base em argumentos sobre a superioridade da raça germânica. O anti-semitismo (racismo contra judeus) levou a uma perseguição desenfreada e exterminação de milhões de judeus e de outros povos, culminando na Segunda Guerra Mundial.
O Apartheid foi um sistema de segregação da população negra, que vigorou entre 1948 e 1994, comandado pela minoria branca na África do Sul. A política racista do apartheid, pretendia impedir todo o relacionamento entre os indivíduos de "raças" diferentes e submeter a maioria da população a uma reduzida minoria caucasiana.
O dia 21 de março foi estabelecido pela ONU (Organização das Nações Unidas) como o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, em memória aos mais de 60 mortos em um massacre ocorrido na África do Sul nesse mesmo dia no ano de 1960.
A Declaração Universal dos Direitos do Homem foi criada com o objetivo de proteger os direitos fundamentais dos seres humanos condenando todo o tipo de discriminação pela raça, sexo, nacionalidade, etnia, idioma, religião ou qualquer outra condição.
Tipos de racismo
Existem vários tipos de racismo, entre eles o racismo individual, institucional, cultural, primário, comunitarista ou diferencialista e racismo ecológico ou ambiental.
Como Denunciar
Ao denunciar uma atitude racista, a vítima precisa estar ciente de seus direitos e não admitir que o ocorrido seja tratado com pouco caso, exigindo a realização de um Boletim de Ocorrência. É importante tomar nota da situação, procurar a ajuda de possíveis testemunhas e identificar precisamente o agressor. Em caso de agressão física a realização de um Exame de Corpo de Delito é indispensável; também é importante a vítima não limpar machucados nem trocar de roupa, já que esses elementos são provas da violência.
É importante salientar que há uma pequena diferença na forma de julgamento das diferentes expressões de racismo. O Código Penal, em seu artigo 140, § 3º determina uma pena de 1 a 3 anos de prisão, além de multa, para as injúrias motivadas por “elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem, ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência”, já a lei 7716/89, lei anti-racismo, engloba os “crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”, também com pena de reclusão de 1 a 3 anos, mais multa. Basicamente, a diferença entre as duas é classificar ou não como injúria a atitude racista.
Bons lugares para se buscar justiça e ajuda em casos de racismo são as Comissões de Direitos Humanos e os departamentos policiais. Toda delegacia tem o dever de averiguar um crime de racismo, entretanto há, em alguns lugares, delegacias especiais para esse tipo de ocorrência.

Hoje venho aqui falar com vocês sobre uma situação que, infelizmente, é real, existe e ainda hoje, no século XXI, machuca muitas pessoas: o RACISMO!

 É muito triste ver que atualmente, ainda existam seres humanos que, na verdade, NÃO são humanos, humilhar e destratar uma pessoa por conta da sua cor de pele e tipo de cabelo é DESUMANO e IMORAL. 



Qual a razão para tanto ódio? 
O que você ganha denegrindo outra pessoa?
O que a cor de pele e o tipo de cabelo de uma pessoa interfere na sua vida?


Acredito que essas pessoas são tão carentes e fracas que precisam fazer esse tipo de coisa para se sentirem "melhor"... tenho pena!

Quando li a resposta da Taís Araújo para essas pessoas medíocres, tive plena certeza de que o que ela disse é a mais pura verdade: falta amor na vida delas e a única coisa que podemos dar de volta é o AMOR!