sexta-feira, 13 de novembro de 2015

“Muitas mulheres negras sentem que em suas vidas existe pouco ou nenhum amor. Essa é uma de nossas verdades privadas que raramente é discutida em público. Essa realidade é tão dolorosa que as mulheres negras raramente falam abertamente sobre isso.”

Quatro mulheres lindas e bem-sucedidas confirmam a tese que alguns estudos já abordaram: as negras têm mais dificuldade em engatar romances sérios
O assunto é tão delicado que poucas têm coragem de tocar nele. Falar de desprezo, de se sentir preterida e de solidão abre feridas, joga na cara o preconceito que acompanha as mulheres negras ao longo de sua história. Ademais toda a discriminação que as tornam uma das personagens mais vulneráveis da sociedade — são elas que ganham menos, têm a menor escolaridade e ocupam os postos menos nobres do mercado de trabalho —, a cor da pele as obrigam a traçar um caminho mais longo e dolorido em busca do amor. Mais tortuoso ainda quando o destino almejado é o altar. “As mulheres pretas se casam mais tarde, apresentam maior índice de celibato e demoram mais para terem um relacionamento”.
As estatísticas no Brasil que confirmam a tese do abandono como consequência da raça são raras, mas a discussão é antiga. Professora no Departamento de Ciências Sociais da Universidade Estadual de Londrina e doutoranda na PUC/SP, Maria Nilza da Silva diz que, na década de 1950, alguns teóricos tentavam entender o fenômeno de desvalorização da mulher negra, pouco vista como uma opção para ser esposa e parceira. “Já naquela época, para ser escolhida nesse contexto da conjugabilidade, a mulher negra acaba se relacionando com um homem de classe social mais baixa. Para ser escolhida, ela deveria ter alguma vantagem.”
Motivada pelo tema, Maria Nilza também pesquisou a menor oferta de parceiros disponível. Isso foi nos anos 1990, mas a professora defende que pouca coisa mudou de lá para cá. “A mulher negra continua discriminada em vários segmentos, inclusive no matrimônio. A possibilidade de encontrar um companheiro ou um parceiro é menor para ela”, afirma.
Intrigada pelo fato de as mulheres negras serem mais solitárias do que as brancas, a pedagoga e mestre em ciências sociais Claudete Alves resolveu, durante um ano e meio, mapear 1.127 casais em São Paulo. Desses, apenas 418 eram formados por homem e mulher negros. Uma das explicações para o número tão reduzido de casais de mesma raça estaria no fato de que os negros que ascendem socialmente querem se relacionar com as brancas. Eles buscam na união com outra raça uma forma de reforçar sua situação de suposto status. “O negro quer ter o que o branco tem e isso inclui a mulher branca. Muitos querem filhos com a pele mais clara do que a deles para não sofrerem o preconceito que eles também sofreram”.
A rejeição também parte dos homens brancos. No Brasil, a negra é a minoria nos espaços culturalmente reservados para quem tem pele clara. Isso automaticamente as deixaria em desvantagem em relação às brancas.
Dos 18 casamentos civis que Claudete presenciou ao longo da pesquisa, apenas três uniram pares de negros. Uma dificuldade de encontrar um companheiro de mesma cor foi confirmada por todas as 11 mulheres negras que a pesquisadora ouviu na época. Entre os relatos, muitas contavam que, quando mais jovens, eram procuradas pelos negros apenas para iniciação sexual. Quando engravidavam, eles dificilmente assumiam o filho. Era uma relação de fim anunciado. Confirmação do estereótipo da negra sexual, que carrega até hoje, em muitos casos, uma pesada herança da escravidão, quando elas eram escolhidas para saciar o desejo dos brancos. Para o romance dar certo, eles exigiam moeda de troca. “Elas ainda diziam que, quando conseguiam ficar com negros, tinham que sustentá-los. Em geral, eles eram de escolaridade inferior e mantinham práticas sociais diferenciadas das delas.”
Um preterimento que é observado em todas as classes sociais. Quem confirma são mulheres lindas, bem-sucedidas, da classe média, que cresceram no Plano Piloto. Daniela Luciana, Jaqueline, Denise e Marília são negras. Também sentem o peso histórico que carregam com a cor. Confirmam o preconceito, a dificuldade de encontrarem um par em pé de igualdade com as mulheres brancas. Um problema que não é delas. Vem do outro. “Essas mulheres precisam entender que essa dificuldade é fruto de um problema social e não pessoal. Elas se inferiorizam como se não fossem bonitas ou interessantes”, lamenta Paula Pereira, pesquisadora-colaboradora do Nepem. Daniela Luciana, Jaqueline, Denise e Marília reconhecem que a dificuldade de romper as amarras do racismo não são delas, mas nem por isso enfrentaram sempre com tranquilidade os olhares de preconceitos.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

A revista People elegeu a atriz Lupita Nyong'o como a Mulher Mais Bonita de 2014 hoje, na capa da nova edição. Lupita venceu o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante pelo filme 12 Anos de Escravidão.


Respeitar as opiniões do outro,em qualquer aspecto e situação,é uma das maiores virtudes que um ser humano poder ter. As pessoas são diferentes,agem diferente pensam diferente.



Nunca julgue apenas compreenda!!!
Desde os primórdios, o combate ao racismo só nos é lembrado quando um torcedor joga uma banana em campo. Todavia, não nos é lembrado quando o mundo veste branco no réveillon, tampouco quando usufruímos de expressões como "A coisa vai ficar preta".
O exímio ator Morgan Freeman trouxe à tona a discussão no que se concerne para com o mês da consciência negra. Segundo o mesmo, tal celebração não passa de um ato de extremo ridículo. Afinal, não há mês para a consciência branca ou qualquer outra raça em questão. E mais, o ator relata que a história dos negros não pode ser contada em um mês, bem como não pode ser separada da história da América como um todo.
De fato, só se combate o racismo quando não se retumba no assunto. Se ignorarmos tal e passarmos a não mais separar as pessoas pela cor, e sim, dissociá-las pelo nome com que cada uma possui. A perspectiva é que ele seja dilacerado aos poucos. Eventos como o mês da consciência negra, dia mundial do combate ao racismo, dentre outras imbecilidades. Só tendem a aumentar ainda mais as práticas racistas.
De acordo com o que foi dito até o prezado momento. Nota-se portanto que o maior racista é o seu próprio combatente. O brilhante escritor Saramago dizia que o silêncio é o melhor aplauso. E certamente, o mesmo estava correto. Você lembra das fotos idiotas que inúmeras pessoas tiraram segurando uma banana? Tal ato foi algo que além de não ter acrescentado em absolutamente nada, só propagou ainda mais o tema em pauta.
Morgan Freeman.

Racismo e Preconceito




O racismo e preconceito estão interligados. O racismo é um tipo de preconceito, um preconceito racial ou étnico, ou seja, uma ideia pré-concebida e pejorativa a respeito de uma etnia, uma raça ou um povo em particular.
O preconceito normalmente pode não estar ligado exclusivamente à aparência física de uma pessoa ou povo. O preconceito pode estar ligado a uma escolha ou estilo de vida de uma pessoa (por exemplo, a sua orientação sexual). Pode também haver preconceito relativo à classe social de uma pessoa, ou seja, aversão a pessoas pobres. A xenofobia é também um tipo de preconceito, que indica uma repugnância relativa a pessoas estrangeiras, mesmo que elas sejam da mesma raça ou etnia.
O racismo é a discriminação social que tem por base um conjunto de julgamentos pré-concebidos que avaliam as pessoas de acordo com suas características físicas, em especial a cor da pele. Baseada na preconceituosa idéia de superioridade de certas etnias, tal forma de segregação está impregnada na sociedade brasileira e acontece nas mais diversas situações.
A discriminação racista é considerada crime pela Constituição Federal que apresenta diversas formas de punição para estes casos. Posto que o crime representa o ódio ou aversão a todo um grupo, o racismo é um delito de ordem coletiva, que ataca não somente a vítima, mas todo o ideal de dignidade humana.
O racismo pode estar presente em qualquer tipo de ambiente: no trabalho, na rua ou até mesmo em meio a pessoas próximas. Por isso, torna-se importante salientar que todas as formas de ocorrência do preconceito devem ser notificadas, sejam elas nítidas ou discretas. Além de ser um direito, é dever de todo cidadão denunciar esse tipo de ocorrência. Através da denúncia protege-se não apenas uma vítima, mas todo um grupo que futuramente poderia ser atacado.

Desrespeito e atitudes de repúdio baseadas em fatores étnicos, culturais, religiosos, regionais e de orientação sexual também apresentam caráter discriminatório e devem ser firmemente denunciadas.

Significado de Racismo


O que é Racismo:
Racismo é a convicção sobre a superioridade de determinadas raças, com base em diferentes motivações, em especial as características físicas e outros traços do comportamento humano. É uma opinião não científica sobre uma raça humana que leva a uma tomada de posição depreciativa e, frequentemente, violenta relativamente a uma coletividade.
Apesar de atitudes racistas sempre terem existido na humanidade, muitas vezes como reação de defesa de uma comunidade contra a invasão pacífica de outra diferente dela, o fenômeno do racismo se agudizou na época moderna, especialmente com a política colonialista das potências europeias.
O racismo continua a ser um grave problema em numerosos países, mesmo onde teoricamente não existe, como no caso dos EUA (sobretudo nas zonas do Sul). A crise econômica e a pressão demográfica costumam ser motivo de problemas raciais mais ou menos graves, como sucede na Grã-Bretanha com os imigrantes, em França com os norte-africanos, na Alemanha com os turcos ou em Espanha com a população cigana e os trabalhadores negros ilegais.
O preconceito racial está relacionado com conceitos como homofobia, xenofobia, bullying racista, entre outros muito debatidos na atualidade.
Embora não haja nenhuma comprovação de uma determinada raça ser superior ou inferior a outra, pessoas em todo o mundo foram atingidas por grupos que se consideravam superiores.
Historicamente, o racismo era uma forma de justificar o domínio de determinados povos sobre outros, como se verifica no período de escravidão, colonialismo, e nos genocídios (crimes contra a humanidade) ocorridos ao longo da história.
No século XX, algumas formas de racismo como o Nazismo e o Apartheid marcaram a história.
O racismo como componente básico da política de um país, levou a Alemanha nacional-socialista à perseguição e extermínio de judeus, ciganos, eslavos, etc. A intenção dos nazistas era exterminar os judeus, com base em argumentos sobre a superioridade da raça germânica. O anti-semitismo (racismo contra judeus) levou a uma perseguição desenfreada e exterminação de milhões de judeus e de outros povos, culminando na Segunda Guerra Mundial.
O Apartheid foi um sistema de segregação da população negra, que vigorou entre 1948 e 1994, comandado pela minoria branca na África do Sul. A política racista do apartheid, pretendia impedir todo o relacionamento entre os indivíduos de "raças" diferentes e submeter a maioria da população a uma reduzida minoria caucasiana.
O dia 21 de março foi estabelecido pela ONU (Organização das Nações Unidas) como o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, em memória aos mais de 60 mortos em um massacre ocorrido na África do Sul nesse mesmo dia no ano de 1960.
A Declaração Universal dos Direitos do Homem foi criada com o objetivo de proteger os direitos fundamentais dos seres humanos condenando todo o tipo de discriminação pela raça, sexo, nacionalidade, etnia, idioma, religião ou qualquer outra condição.
Tipos de racismo
Existem vários tipos de racismo, entre eles o racismo individual, institucional, cultural, primário, comunitarista ou diferencialista e racismo ecológico ou ambiental.
Como Denunciar
Ao denunciar uma atitude racista, a vítima precisa estar ciente de seus direitos e não admitir que o ocorrido seja tratado com pouco caso, exigindo a realização de um Boletim de Ocorrência. É importante tomar nota da situação, procurar a ajuda de possíveis testemunhas e identificar precisamente o agressor. Em caso de agressão física a realização de um Exame de Corpo de Delito é indispensável; também é importante a vítima não limpar machucados nem trocar de roupa, já que esses elementos são provas da violência.
É importante salientar que há uma pequena diferença na forma de julgamento das diferentes expressões de racismo. O Código Penal, em seu artigo 140, § 3º determina uma pena de 1 a 3 anos de prisão, além de multa, para as injúrias motivadas por “elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem, ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência”, já a lei 7716/89, lei anti-racismo, engloba os “crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”, também com pena de reclusão de 1 a 3 anos, mais multa. Basicamente, a diferença entre as duas é classificar ou não como injúria a atitude racista.
Bons lugares para se buscar justiça e ajuda em casos de racismo são as Comissões de Direitos Humanos e os departamentos policiais. Toda delegacia tem o dever de averiguar um crime de racismo, entretanto há, em alguns lugares, delegacias especiais para esse tipo de ocorrência.

Hoje venho aqui falar com vocês sobre uma situação que, infelizmente, é real, existe e ainda hoje, no século XXI, machuca muitas pessoas: o RACISMO!

 É muito triste ver que atualmente, ainda existam seres humanos que, na verdade, NÃO são humanos, humilhar e destratar uma pessoa por conta da sua cor de pele e tipo de cabelo é DESUMANO e IMORAL. 



Qual a razão para tanto ódio? 
O que você ganha denegrindo outra pessoa?
O que a cor de pele e o tipo de cabelo de uma pessoa interfere na sua vida?


Acredito que essas pessoas são tão carentes e fracas que precisam fazer esse tipo de coisa para se sentirem "melhor"... tenho pena!

Quando li a resposta da Taís Araújo para essas pessoas medíocres, tive plena certeza de que o que ela disse é a mais pura verdade: falta amor na vida delas e a única coisa que podemos dar de volta é o AMOR!

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

AVISO IMPORTANTE:





A Comissão Organizadora do DESFILE BELEZA NEGRA de Nepomuceno, informa a todos os interessados, que o evento que aconteceria dia 20/11/2015 será adiado, e uma nova data será divulgada em breve.
O adiamento será necessário tendo em vista que o local não estará disponível na data proposta.
Para uma perfeita organização, gostaríamos de agradecer aos apoios que já me foram garantidos, e reafirmar meu compromisso em fazer um evento grandioso.
Muito obrigado!
Em breve a nova data será divulgada. Aguardem!!!
Pedimos sinceras desculpas e agradecemos desde já.


Em  caso de dúvidas entre em contato através belezanegranepomuceno@gmail.com

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Informativo para as candidatas do "Concurso Beleza Negra Nepomuceno 2015"


I Concurso Beleza Negra Nepomuceno 2015
Tendo em visto a grande preocupação em fazer o melhor evento já realizado, nós do Concurso Beleza Negra Nepomuceno fizemos algumas modificações nas datas para realização do mesmo. Candidatas, fiquem atentas às datas e horários:
As inscrições foram prorrogadas até o dia 27/10/15.
A inscrição deverá ser entregue devidamente preenchida e entregue para as organizadoras do Evento (Josy Gomes / Rosimeyre De Souza Bressani  )
Concurso: dia 20/11/2015, sexta ( Local: Quadra da Escola Abreu Carvalho - R. Francisco Custódio da Veiga, 8 - Jonas Veiga
O evento é de responsabilidade de seus organizadores e não tem fins lucrativos;
As candidatas deverão comparece no evento com, (desfile) deverão comparecer com 1 hora de antecedência.
Qualquer mudança ou modificação de horário e datas serão avisados com antecedência.

sábado, 25 de julho de 2015

O Dia Nacional de Tereza de Benguela chama atenção para as questões raciais envolvidas no combate ao machismo e à violência de gênero. Para a pesquisadora Eliane Oliveira, a data é uma conquista importante que mostra o protagonismo das mulheres negras na história e luta social


O dia 25 de julho é, desde 1992, o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha. No Brasil, a data foi oficialmente reconhecida em 2014, quando passou a se chamar de Dia Nacional de Tereza de Benguela – importante líder do quilombo de Quariterê, no Mato Grosso.
O reconhecimento tardio dessa data no Brasil mostra como as questões raciais e de gênero são negligenciadas em nossa cultura. A começar pelo estudo de História, já que poucas pessoas realmente aprendem sobre a resistência quilombola contra a escravidão e ainda menos sabem quem foi Tereza de Benguela. Graças a sua liderança exímia, Quariterê se manteve por duas décadas fazendo funcionar um sistema organizado e bem sucedido. Entre as atividades do quilombo, armas de ferro eram fundidas desmanchando algemas e grilhões, existia o plantio de diversos tipos de alimentos e também de algodão, que servia para a confecção de tecidos, além de contar com um parlamento para estabelecer as decisões do quilombo.
Mesmo com fatos tão relevantes como esses, pouca atenção é dada a mulheres como Tereza de Benguela. Para Eliane Oliveira, mestre em Ciências Sociais e pesquisadora do Núcleo de Estudos Interdisciplinares Afro-Brasileiros (NEIAB) da Universidade Estadual de Maringá (UEM), esse é um dos pontos que denunciam a invisibilidade das pessoas negras no país. “A população preta lida com a questão da invisibilidade em todos os espaços; num país racista como o nosso, essa é o tipo de data que não ganha destaque. Nossas pautas de lutas ainda são desconsideradas até por aqueles e aquelas que muitas vezes se dizem apoiadores”, afirma.
E a questão da invisibilidade é, de fato, muito problemática. Muitos questionam qual seria a necessidade de se existir uma data específica para as mulheres negras, visto que o 8 de Março, o Dia Internacional da Mulher, supostamente incluiria mulheres de todas as cores e contextos sociais. No entanto, na prática, até mesmo os movimentos sociais de mulheres acabam reforçando e estabelecendo a exclusão das mulheres negras, algo que acontece quando se insiste na universalização da categoria mulher, como se todas as pessoas do gênero feminino dividissem as mesmas reivindicações e necessidades. Na realidade, compreender os mecanismos do racismo no Brasil é imprescindível para que as questões de gênero sejam eficientemente abordadas.
Um exemplo das diferenças entre as demandas das mulheres brancas e negras é a própria ideia do “sexo frágil”, tão insistentemente colocada como característica do gênero feminino. Muitos grupos feministas ainda desenvolvem atividades e conteúdos que questionam a ideia de que mulheres são mais fracas e emocionalmente mais sensíveis do que homens, mas poucos se atentam para a contextualização racial necessária a esse discurso. As mulheres negras brasileiras experimentam, em muitos casos, uma realidade muito distante da fragilização, uma vez que foram utilizadas como mão de obra escrava e até hoje desempenham funções que exigem resistência física.
O fato é que as mulheres negras ainda são retratadas sob a ótica da escravidão, pois ainda são vistas como mais fortes e resistentes do que as mulheres brancas. Na prática, essa percepção racista gera muitos prejuízos e situações onde há violação de direitos. Por exemplo, muitas mulheres negras são negligenciadas nas filas dos hospitais enquanto mulheres brancas são colocadas a sua frente para que sejam atendidas – algo embasado pela ideia de que mulheres negras são mais fortes e sentem menos dor do que as brancas. Para tentar reparar as práticas racistas nos ambientes hospitalares, o Sistema Único de Saúde (SUS) chegou a lançar a campanha “SUS Sem Racismo“, tentando conscientizar os profissionais e a população para que práticas racistas como essas deixem de acontecer.
Ainda em caráter de comparação, os indicadores sociais e estatísticas revelam que as mulheres negras estão na base da pirâmide social e, por isso, enfrentam os piores índices de violência, pobreza e falta de acesso a direitos. Segundo dados organizados pelo Dossiê Mulheres Negras, uma iniciativa do Ipea em parceria com a Secretaria de Política para Mulheres (SPM), a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e ONU Mulheres, revela, por exemplo, que as mulheres negras ainda se mantêm como maioria no serviço doméstico e em empregos sem carteira assinada. Até mesmo os problemas que envolvem a disparidade salarial entre homens e mulheres acabam por se destrinchar mais gravemente quando essas mulheres são negras. Por isso, falar apenas de gênero não é o suficiente para que todas as mulheres sejam, de fato, contempladas.
No Brasil, o problema do machismo também é um problema racial. “O dia 25 coloca a discussão de políticas públicas para esse grupo como pauta a ser considerada, pois são as mais atingidas pelo descaso do Estado. Internacionaliza as pautas, nos aproxima de outras mulheres não brancas numa região geográfica e historicamente marcada pelo machismo e pelo preconceito”, explica Oliveira. “Além do resgate histórico de mulheres negras que sempre estiveram na luta por cidadania, o dia 25 mostra o quanto o feminismo tradicional e acadêmico, na maioria das vezes, exclui ou não considera as vivencias das mulheres negras como relevantes na formação da identidade e luta dessa categoria”, continua. “Mulheres com direitos já é muito, mulheres negras com direitos e data específica para lembrar disso, aí já é pedir demais, né?”, provoca Eliane.
As reivindicações para a data são muitas, desde a violência doméstica até a legalização do aborto, visto que em ambas as situações as mulheres negras são vitimadas em maior número, seja como alvos de parceiros misóginos ou como vítimas da cultura que criminaliza a autonomia da mulher sobre o próprio corpo. Eliane Oliveira também chama atenção para a discussão em torno da redução da maioridade penal, um problema que diz respeito às mulheres negras em muitos aspectos. “É notório que a violência mata mais jovens negros no Brasil, as mães negras querem o direito de criar seus filhos e ter condições sociais de mantê-los longe da criminalidade e violência de todas as formas”, explica. “Nesse sentido, a discussão perpassa qualidade na educação e espaços de acolhimento para os filhos dessas mães que precisam se ausentar da família para gerar renda. Ou seja, creche e escola de qualidade é reivindicação antiga”.
Além das mães que lutam contra a violência policial e reivindicam melhores condições para que suas crianças sejam criadas, a redução da maioridade penal também atinge as próprias jovens, uma vez que o sistema carcerário feminino é um reduto de violações e abusos recorrentes. “Nesse contexto em que pesa o enfraquecimento do ECA e a mudança da Lei que irá atingir a juventude periférica, acredito que essa discussão esteja no topo da lista de prioridades”, declara Oliveira.
Neste ano, inúmeras atividades são realizadas em todo o país; debates, exibições de filmes, documentários e marchas que tentam despertar a população e os movimentos sociais para as necessidades políticas e culturais que as mulheres negras demandam. Em Brasília, acontece a oitava edição do Festival Latinidades e, em São Paulo, a Marcha do Orgulho Crespo toma as ruas.
“É uma conquista para que seja lembrada e fortalecida a luta dessas que ficaram, historicamente, à margem das discussões teóricas e políticas. As mulheres negras se fortalecem como essa data que marca o quanto nossas pautas precisam ser analisadas a partir de outros recortes que não apenas os de classe e gênero. É preciso apontar o quanto racismo nos atinge social e estruturalmente.”, salienta Oliveira. “O dia 25 nos coloca no centro da nossa própria história, contada até então, por outros interlocutores que não são aqueles que vivenciam os acontecimentos de forma real. A mulher negra sai da berlinda do espaço político, onde foi colocada, para ser protagonista e essa data define que sim, podemos falar por nós e precisamos ser ouvidas”, conclui.

Whitney Houston Chicongo É a Miss Angola 2015

Fonte: Platinaline







Whitney Houston Chicongo  É a Miss Angola 2015
A menina proveniente da província do Cristo Rei, que arrebatou o título mais almejado da noite, mostrou-se sempre segura durante os momentos que desfilou.
Whitney Houston de Abreu  Shicongo, nasceu na província da Huíla. Com apenas 19 anos de idade, a beldade que mede 1,80 m de altura informou que quer mostrar ao mundo que “em Angola existem mulheres inteligentes, fortes, batalhadoras e capazes”.
Shicongo que contagiou a todos os presentes com a sua beleza, simpatia e elegância, revelou por outro lado, que adora praticar basquetebol, caso tenha que fazer alguma actividade física.
Aquariana de gema, Whitney, a Miss não deixou de parte o seu lado romântico, ao deixar patente que, quanto ao seu estilo musical de eleição, o nome de artista que ostenta, pouco ou nada influencia no que mais gosta de ouvir, ao escolher Anselmo Ralph como músico de eleição.
Por outro lado, explicou que enquanto Miss, as suas maiores prioridades centram-se primeiramente em trabalhar com crianças desfavorecidas e posteriormente, dedicar-se afincadamente à luta conta a Sida.
Mediante reacções dos espectadores presentes na sala o corpo de jurado composto pelo gestor hoteleiro José Mário dos Santos, a mestre em Psicologia Social Eufrazina Maiato, o treinador de futebol Ruben Garcia, a empresária Emília Morais, a governante Jovelina Imperial, a Miss Angola 2013 Vaumara Rebelo, o actor e modelo Freddy Costa, a escritora, psicóloga e consultora social Kanguimbo Ananás, o jornalista Ernesto Bartolomeu e pelo actor, empresário e modelo brasileiro Luciano Szafir. Acertou “em cheio” na sua indicação, logo, não poderiam ter escolhido candidata melhor para representar o nosso belo país!


terça-feira, 14 de julho de 2015

sábado, 11 de julho de 2015

Apresentação das candidatas do Concurso Beleza Negra de Nepomuceno 2015

Ao longo da semana ,estaremos apresentando nossas candidatas.
Nossa candidata de hoje é a belissíma:
Taisa Aparecida


Data de nascimento:13 / jan/ 1989

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 Rafaela Castro
24 anos
Categoria Adulta
concurso é uma realização das Administradoras do Grupo Beleza Negra De Nepomuceno,  que tem como prioridade implantar políticas públicas para as questões dos direitos da Mulher e de Gênero e Raça.

Inscrições gratuitas

Para participar basta enviar:

1- Nome completo
2- Data de Nascimento 
3- Número de CPF/RG 
4- Endereço completo
5- Três telefones para contato 
5- Duas fotos de rosto e duas de corpo


O material deverá ser enviado por e-mail para belezanegranepomuceno@gmail.com

Miss Missóloga – As temidas perguntas para as misses e as divertidas respostas.


Para ganhar um concurso de beleza e ser uma verdadeira miss todos nós já sabemos que não basta ter um rostinho bonito, pernas compridas e blá blá blá o papo de sempre.
Tem que saber segurar o nervosismo e responder bem a pergunta das finalistas. É o xeque-mate. Você estará mais perto da coroa se saindo bem com uma resposta esplêndida. É necessário saber responder aos jurados uma pergunta que as vezes até não tem sentido algum. Questões filosóficas e, às vezes, até existenciais.
E é aí que muitas meninas levam tombos mais dolorosos que queda de salto alto em desfile de traje de banho.
A temida hora da resposta das finalistas… tem cada pérola!
Vejamos alguns:
No Miss Colômbia 2008, perguntaram a Verónica Velásquez: “Você acha que a mulher é o complemento do homem?”
E eis que ela solta a pérola: “Eu creio que o homem complementa o homem. Mulher com mulher. Homem com homem. E também a mulher com o homem, do mesmo modo, mas no sentido contrário. (…) O mundo está evoluindo e, cada vez mais, damos mais amor aos homens, que no caso da Colômbia são muito machistas'', grande filósofa! #sóquenão
Perguntaram a Miss Carolina do Sul, durante o Miss Teen USA 2007, qual a razão pela qual um quinto dos americanos não consegue localizar os Estados Unidos em um mapa mundial. “Eu acredito que os americanos não conseguem fazer isso porque algumas pessoas em nossa nação não têm mapas. E eu acredito que nossa educação… como na África do Sul e no Iraque, como… E eu acredito que eles deveriam… nossa educação aqui nos EUA deveria ajudar os EUA. Ou deveria ajudar a África do Sul e o Iraque, assim como os países asiáticos. Desta forma, construiremos o futuro para nossos filhos'', disse. Ahn?
E aqui no Brasil também temos pérolas…
A pergunta da vez foi para a Miss Balneário Camboriú, Elisa Hoeppers, que de tão nervosa respondeu algo sem pé nem cabeça durante o Miss Santa Catarina 2008, transmitido ao vivo pela TV. Tadinha! Ela foi questionada sobre a postura dos Estados Unidos em relação ao aquecimento global e respondeu gaguejando: “Minha opinião é que se a gente cortar a… o comércio dos Estados Unidos, cortando o… a… financeira, eu acho que eles podem concordar com o Tratado de Kyoto e concordar com o aquecimento global e ajudando a todo mundo. Obrigada''.
O Henrique Fontes, co-diretor da franquia brasileira do Miss World e diretor do site Global Beauties já presenciou um momento hilário:
“Em um concurso no Paraná no qual fui assistir, a apresentadora pergunta para uma das misses finalistas: 'Vamos supor que amanhã um caminhão passe por cima de você e “pum'', você morre. Aí você vai para o céu e encontra Deus. Só que Deus é uma mulher! O que você diria?' A miss questionada pegou o microfone da mão da mulher e, com muita convicção, respondeu: 'Se eu morro e chego no céu, vejo uma mulher dizendo que é Deus, antes de dizer qualquer coisa, eu enfio a mão na cara dela! Então eu olho bem naqueles olhos de cão e digo: 'mas tu não tem vergonha na cara, Satanás?'. Afinal de contas, todos sabemos que Deus é homem! E se não fosse, pensem comigo… Ele não se chamaria Deusa, em vez de Deus? Obrigada''.
Hahaha, com essa, fico por aqui!